 a mulheres){kind=link}
Em Angola, supostos endinheirados lideram a lista de transmissão dolosa do vírus Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) a mulheres com dificuldades sociais e financeiras.
Nos últimos seis meses deste ano, A ANASO, Rede de Organizações de Serviços de Sida e Grandes Endemias, rececionou mais de duas mil queixas de casos de transmissão dolosa de SIDA, sendo as mulheres as principais vítimas.
António Coelho, líder da ANASO, esclarece que, dados em posse da sua organização, apontam que as vítimas são, maioritariamente, mulheres dos 15 aos 39 anos de idade, mas, também, há registos de casos de homens e de jovens, que de forma negativa decidem transmitir o vírus por vingança.
“Os dados disponíveis dão-nos conta que as vítimas são, maioritariamente, mulheres dos 15 aos 39 anos de idade, com algumas dificuldades sociais para satisfação das suas necessidades, mas temos registos, também, de casos de homens. As denúncias recaem para os adultos com mais de 50 anos, com alguma saúde financeira e que continuam a promover o fenómeno “cartozinha” (Meninas na flor da idade). Temos também relato desta prática por jovens, que de forma negativa decidem transmitir conscientemente os vírus por vingança e má-fé”, denunciou o responsável associativo.
Para a Rede de Organizações de Serviços de SIDA e Grandes Endemias, no país há mais de 300 mil pessoas vivendo com VIH e SIDA. O número é assustador para a realidade, por isso, medidas urgentes devem ser tomadas para travar o fenómeno.
António Coelho diz que, no primeiro semestre deste ano, a prática do contágio doloso da doença tem estado a aumentar, como detalham os dados do Observatório Comunitário da ANASO, que descreve que, diariamente, recebe, em média, 15 denúncias por dia de casos de transmissão.
“Se não forem tomadas medidas urgentes, podemos evoluir para uma situação alarmante nos próximos tempos. A transmissão dolosa do VIH está a comprometer os esforços de prevenção e combate à epidemia da SIDA em Angola. Nos últimos seis meses do ano em curso, os números relacionados com essa prática tem vindo a aumentar. O Observatório Comunitário da ANASO regista, em média, 15 denúncias por dia de casos relacionados com a transmissão dolosa, o que é preocupante”, advertiu a Rede de Organizações de Serviços de SIDA e Grandes Endemias.