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Lusofonia africana une-se pelos ex-movimentos independentistas

Num encontro em Luanda, os partidos políticos no poder e na oposição dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) uniram-se pela “História e na Luta por um Futuro Melhor” que, entre outros assuntos, também avaliaram o papel crucial dos antigos líderes fundadores dos ex-movimentos de libertação para a independência da região.

Lusofonia africana une-se pelos ex-movimentos independentistas
DR

Trata-se do MPLA, Movimento Popular de Libertação de Angola, da FRELIMO, Frente de Libertação de Moçambique, do MLSTP, Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, do PAICV, Partido para a Independência de Cabo Verde, e do PAIGC, Partido para Independência da Guiné-Bissau.

No discurso de abertura nesta segunda-feira, Luísa Damião, vice-presidente do MPLA, entende que, no contexto mais difícil da lusofonia africana, valorosos nacionalistas ligados aos antigos movimentos independentistas assumiram, sem hesitar, o ardiloso processo que culminou com a proclamação das independências dos respetivos Países.

Lusofonia africana une-se pelos ex-movimentos independentistas
Luísa Damião Foto: DR

Por isso, a política sugere a construção de um panteão de heróis que retrate a história e auto-afirmação das figuras como Amílcar Lopes Cabral, da Guiné-Bissau, de Eduardo Mondlane e de Samora Moisés Machel, de Moçambique, de Manuel Pinto da Costa, São Tomé e Príncipe, e de António Agostinho Neto, de Angola.

“Foi graças ao sacrifício dos valorosos heróis da nossa luta comum, que os nossos povos podem hoje usufruir da liberdade e do direito à auto-determinação. Foi o caso do PAICV em Cabo Verde, foi assim com o PAIGC na Guiné-Bissau, foi assim com a FRELIMO em Moçambique, foi assim com o MLSTP em São Tomé e Príncipe e foi, igualmente, assim com o MPLA em Angola. No panteão de heróis dos nossos povos, inerentes à história da sua auto-afirmação, são inevitáveis os merecidos destaques às figuras de Amílcar Lopes Cabral, Eduardo Mondlane, de Samora Moisés Machel, de Manuel Pinto da Costa e de António Agostinho Neto”, defende Luísa Damião.

A também jornalista interpreta que partidos da África lusófona sempre souberam interpretar os anseios dos nossos povos, num contexto em que o sentimento nacionalista e o ímpeto dos povos africanos em assumir o comando do seu próprio destino.
Luísa Damião sublinha que a paz e a sua manutenção continua a ser um dos desafios permanentes da comunidade lusófona, que a região precisa vencer e consolidar, trocando experiências para a melhor condução dos processos.

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“A Paz e a sua manutenção nos nossos Estados continua a ser um desafio perene, nalguns dos nossos países, que precisamos vencer e consolidar. É um repto que se impõe à comunidade da qual fazemos parte, sobre o qual, precisamos de continuar a trocar experiências para melhor conduzir os processos internos”, lembrou a vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola.

Reacções da FRELIMO E PAICV

O secretário-geral do Partido para a Independência de Cabo Verde, PAICV, Julião Varela, diz ter-se congratulado com a iniciativa, uma vez que o encontro também serviu para avaliar o grau de cooperação entre os antigos movimentos independentistas, todavia, espera que os objectivos saídos do certame sejam cumpridos.

“É muito importante também que haja concertação entre nós, no sentido de fazer troca de experiência das governações, de modo a que os objectivos iniciais continuem a ser cumpridos”, sintetizou o político, para quem o encontro foi uma grande experiência para congéneres partidárias.

“Não há diferença de ideologia, na diferença de pontos de vistas que nos deve dividir naquilo que é o objectivo fundamental que é a construção da prosperidade dos nossos povos”, fez saber o secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Roque Silva, um dos convidados do encontro dos secretários-gerais dos ex-movimentos de Libertação, realizado este segunda-feira, 31, na capital angolana.

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Francisco Paulo
Francisco Paulo
Jornalista desde 2009, começando a carreira jornalística no extinto semanário “O Desperte”. Passando por diferentes redações em Angola, como a Rádio Despertar, TV Palanca (PTV), Semanários Angolense, A Capital e O Crime.

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