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Leopoldo Rodrigues e a Grandiosa Farsa da Vuelta: Uma Aula Magistral de Como Afundar uma Cidade

Leopoldo Rodrigues, o autarca de Castelo Branco, continua a cimentar a sua reputação como mestre na arte de transformar oportunidades douradas em espetáculos trágicos e vergonhosos. Desta vez, a sua incompetência manifestou-se em plena receção da chegada da Vuelta a Espanha, onde teve a distinta oportunidade de promover a sua cidade num palco internacional. Contudo, em vez de elevar Castelo Branco, Rodrigues conseguiu apenas afundá-la ainda mais no mar da irrelevância.

No dia anterior, em Ourém, durante o programa “Aqui Portugal”, Leopoldo já tinha dado sinais de que seria incapaz de aproveitar o vento a favor. Perdeu-se em divagações inconsequentes quando deveria ter exaltado as forças do concelho. A Área de Localização Empresarial de Castelo Branco (ALECB), que poderia ter sido destacada como um verdadeiro bastião de desenvolvimento industrial, foi relegada a um canto sombrio da sua memória. Não se dignou a mencionar que esta zona industrial, ocupando 280 hectares, alberga mais de 200 empresas que vão desde o agroalimentar ao fabrico de estruturas metálicas e mobiliário entre outras como a APTIV fábrica de componentes para automóvel – um verdadeiro motor socioeconómico da região. Preferiu, antes, desperdiçar preciosos minutos com palavras ocas, sem rumo e sem substância.

Rodrigues teve a chance de promover não só a ALECB, mas também as infraestruturas modernizadas para estudantes, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) com o seu orçamento anual de 28 Milhões de euros, ou mesmo as cadeias alimentares de grande superfície. Poderia ter cativado a audiência ao falar da vibrante agenda cultural da cidade, dos museus, dos concertos,teatro, de exposições e dos festivais como o +Solidário e o Cheese Festival. Mas, em vez disso, Leopoldo decidiu investir 146.000 euros numa fantasia de retorno impossível, sonhando com lucros diários de 500.000 euros que nunca se materializaram.

A triste realidade é que, enquanto Leopoldo sonhava acordado, os dois hotéis da cidade e algumas modestas residenciais ficaram lotados, mas não graças à Vuelta. Os ciclistas, que chegaram a Castelo Branco por volta das 16h30, mal tiveram tempo de sentir o cheiro da cidade antes de seguirem rapidamente para o lado espanhol, onde pernoitaram para a próxima etapa.

O espetáculo da Vuelta em Castelo Branco, que poderia ter sido um momento de glória, acabou por ser uma mísera pantomima de 3 a 4 horas. No final, o palco montado por Leopoldo Rodrigues transformou-se num reflexo deprimente da sua gestão: ineficaz, desorganizada e completamente desprovida de visão estratégica.

Felizmente, o jornalista Luís Castro tentou resgatar a desastrosa comunicação do autarca, representando a organização com uma tentativa desesperada de conferir alguma dignidade ao evento. No entanto, mesmo Castro não conseguiu salvar a fraca entrevista de Leopoldo: “promoção” que se limitou a uma repetição cansativa de “castelo branco e castelo branco”, sem acrescentar nada de valor. Foi uma comunicação tão vazia quanto a liderança de Rodrigues.

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Leopoldo Rodrigues provou mais uma vez ser um mestre em falhar. Com uma oportunidade oferecida de bandeja, não soube utilizar os meios de comunicação social, não soube promover a cidade, e muito menos soube liderar com competência. Castelo Branco merece – e necessita – muito mais do que a triste figura que o seu presidente de câmara teima em apresentar ao mundo. A cidade, rica em história e potencial, é refém de uma liderança medíocre que insiste em transformar cada oportunidade em fiasco.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://old.oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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