O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) intensificou as críticas contra a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), acusando o principal partido da oposição de promover “manobras políticas” com o objetivo de desestabilizar o país e semear a discórdia entre os angolanos. Segundo o MPLA, a UNITA, que não conseguiu aceitar os resultados das eleições de 2022, está a fomentar a divisão e a desordem ao invés de contribuir para o progresso nacional
Em comunicado divulgado nas suas redes sociais, o MPLA criticou a UNITA por alegadamente instrumentalizar as dificuldades do povo angolano em benefício próprio, utilizando “mentiras” para impor a sua agenda política. O partido no poder descreve a recente tentativa da UNITA de destituir o Presidente João Lourenço como uma “manobra antidemocrática” e “uma afronta direta à vontade soberana do povo”.

Por outro lado, a UNITA, através do seu líder parlamentar, Liberty Chiaka, classificou o desempenho da Assembleia Nacional durante o segundo ano da V Legislatura como “negativo”, acusando o parlamento de subordinação ao executivo e de ineficácia legislativa. A UNITA contestou ainda a reestruturação administrativa de Luanda, que, segundo o MPLA, é uma medida necessária para o ordenamento do território e não prejudica a implementação das autarquias locais.
Apesar das críticas, o MPLA concluiu o seu comunicado reiterando a abertura ao diálogo com todas as forças políticas, sublinhando que a estabilidade nacional não pode ser construída através de “golpes” ou ações que comprometam a paz alcançada em Angola.