O Governo decidiu afastar a administração da Parpública, liderada por José Realinho de Matos, confirmou o Ministério das Finanças à agência Lusa. A decisão, reportada inicialmente pelo Jornal de Negócios, foi comunicada diretamente ao agora ex-presidente da empresa.

A razão principal para o afastamento foi a postura considerada insuficientemente proativa por parte da administração, que, segundo fontes próximas ao processo, se limitava a reagir aos problemas em vez de os prevenir. Adicionalmente, a administração foi criticada pela falta de comunicação atempada e eficaz com o Ministério das Finanças, um fator que pesou decisivamente na decisão governamental.
A Parpública, responsável pela gestão das participações do Estado em várias empresas, enfrenta agora um período de transição, cuja liderança interina será anunciada em breve. O Ministério das Finanças, embora tenha confirmado o afastamento, não forneceu detalhes sobre os próximos passos na reestruturação da empresa.
Este desfecho evidencia as crescentes exigências do Governo em relação à transparência e eficiência na gestão das empresas públicas, num contexto de escrutínio intensificado sobre o uso dos recursos do Estado. A substituição da administração surge, assim, como um sinal claro da intenção do Governo de assegurar uma gestão mais rigorosa e alinhada com os objetivos estratégicos definidos para o setor público empresarial.