Carlos Gago Coutinho nasceu em Lisboa, no dia 17 de Fevereiro de 1869, e faleceu em Lisboa, no dia 18 de Fevereiro de 1959.

Gago Coutinho, em 1885, terminou o Curso do Liceu e, assim, matriculou-se na Escola Politécnica; em 1886, inscreve-se na Escola Naval e entra para a Armada como aspirante; em 1888, termina o curso na Escola Naval, onde irá ter uma carreira brilhante.
Gago Coutinho, em 1890, foi promovido a guarda-marinha; em 1891, é promovido a segundo-tenente; em 1895, passa a ser primeiro-tenente; em 1907, consegue alcançar o posto de capitão-tenente; em 1915, é promovido a capitão-fragata; em 1920, ascende a capitão de mar e terra; em 1922, foi promovido a vice-almirante; em 1958, ano que chega ao topo da carreira militar, passa a ser o Almirante Carlos Gago Coutinho.
Outras façanhas no percurso de um militar português, que fica na história nacional e mundial:
Em 1888, inicia a prática náutica em vários navios de guerra; em 1898, comandou vários navios em navegação. Mas, no final do século XIX, começa a trabalhar como cartógrafo, completando a delimitação da fronteira geodésica de Timor-Leste; em 1900, delimita a fronteira geodésica do Niassa; em 1901, delimita a fronteira geodésica do Congo; em 1905, delimita a fronteira geodésica da Zambézia; em 1906, elabora a carta geográfica de Moçambique; em 1916, delimita a fronteira geodésica de São Tomé e Príncipe; em 1919, passa a ser vogal da Comissão de Cartografia; em 1925, foi o presidente da Comissão de Cartografia; em 1936, a Comissão de Cartografia passa a denominar-se Junta de Investigação do Ultramar.
Carlos Gago Coutinho, com Artur Sacadura Cabral, nas comemorações do primeiro centenário da independência do Brasil em 1922, conseguem um feito inédito e uma viagem histórica, ou seja, a travessia do Atlântico Sul, que aliás foi a primeira viagem, no hidroavião “Lusitânia”. Depois deste êxito que orgulhou a nação portuguesa, num regime de instabilidade política pondo em decadência a jovem e imatura República, foi como uma lufada de ar fresco. No entanto, havia planos para Gago Coutinho e Sacadura Cabral viajarem de avião dando a volta ao planeta Terra (Azul), mas Sacadura Cabral morre num acidente trágico em 1924.
Gago Coutinho publicou várias obras de grande importância, de que se citam: “O roteiro da Viagem de Vasco da Gama e a sua Versão nos Lusíadas”, “Passagem do Cabo Bojador”, “Influência que as Primitivas Viagens Portuguesas à América do Norte tiveram sobre o Descobrimento das Terras de Santa Cruz”… no entanto, existe uma compilação destes trabalhos – “Náutica dos Descobrimentos”.
Carlos Gago Coutinho pertenceu a várias associações científicas e recebeu várias distinções de grande nível em França, Brasil, Espanha e Portugal.